No dia 3 de novembro de 1986 um sonho de criança virava realidade. O radialista Bruno Reis começava a sua carreira na rádio Aymoré FM da cidade de Piritiba, distante cerca de 300 quilômetros de Salvador, na Bahia. Hoje, 23 anos depois, muita coisa mudou. Na opinião de Bruno, os sonhos são outros e a realidade é bem mais difícil. Mas, segundo ele, sempre vale a pena lutar pelos nossos sonhos. Atualmente Bruno Reis é repórter da Rádio Sociedade da Bahia e locutor de chamadas da Band Bahia (rádio e TV).

Bela Mídia (BM) - Como e quando surgiu a idéia de trabalhar no rádio?

Bruno Reis (BR) - Essa história é interessante. No início dos anos 80 eu morava com os meus pais em um pequeno sítio na cidade de Piritiba e todos os anos meu saudoso irmão Edson ia passar férias lá em casa com a família. Num desses anos, ele levou um gravador portátil (daqueles que tinha um rádio acoplado).

Eu gravava várias músicas das rádios numa fita cassete e acabei quebrando a tampa do gravador. Sempre fui muito curioso e quando descobri onde ficava o cabeçote de gravação tive a idéia de colocar um palito de fósforo entre a fita (cassete) e o cabeçote e tentar gravar minha voz. O resultado me surpreendeu.

Apaguei o trecho da música onde gravei minha voz. A música baixou e a minha voz ficou sobre ela. Como uma trilha sonora. Aí não deu outra. Criei uma rádio imaginária com o gravador e me apaixonei pela "coisa"! (risos)

BM - E como você chegou a uma rádio de verdade?

BR - No meu colégio aconteceu uma gincana e eu participei imitando um personagem do "mestre "Chico Anísio" chamado "Beto Carneiro"(Vampiro Brasileiro). Foi muito hilário (risos)!! Todos gostaram! Na mesma gincana fiz um padre bêbado, celebrando um casamento "matuto".

Para a minha surpresa um dos organizadores da gincana estava montando uma rádio em Piritiba e por conhecer meus pais me convidou para trabalhar. Me orgulho em dizer que fui o primeiro a trabalhar na rádio Aymoré. Estive lá com Michele (minha noiva) há uns dois anos e me emocionei ao relembrar meu passado, onde estava ao lado dos meus pais, que não estão mais aqui.

BM - Você já começou a sua carreira como repórter?

BR - Não. Comecei como repórter há seis anos na rádio Sociedade. Meu início no rádio foi como "Disck-Jockei" e foi essa a função que desempenhei por mais de 16 anos.

BM - Já chegou a trabalhar fora da Bahia?

BR - Já, sim. Depois de trabalhar em Piritiba e Feira de Santana estive em Sergipe, depois Alagoas... Enfim, nesses anos todos já passei também por João Pessoa (PB), Paracuru (CE), retornei à Feira de Santana e agora estou na rádio Sociedade e na Band. Onde, Graças a Deus, sou respeitado e reconhecido como profissional.

BM - Qual a sua mensagem para quem está começando a "trilhar" um caminho em busca do sonho?

BR - Que não desista jamais. Aliás, gostaria de dedicar esses 23 anos de rádio a uma pessoa que me mostrou o que é ser feliz. Minha futura esposa Michele Camila, que todos os dias me ensina que ter FÉ é ter a certeza que TUDO é possível. Tenho certeza que juntos, eu e Michele ainda conquistaremos muitas outras coisas boas. Obrigado meu anjo! Por tudo o que você é para mim! Um beijo! Te amo!

BM - Muito obrigado, Bruno! Foi ótimo conversar contigo e saber um pouco da sua história. Sucesso e parabéns pelos seus 23 anos de rádio!

BR - Eu é que agradeço! Até mais!

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